Você já se perguntou se algumas das dificuldades que enfrenta no dia a dia podem ser sinais de algo mais profundo? Quando falamos sobre TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade -, as nuances são importantes. Conhecida por afetar a concentração e o controle de impulsos, essa condição é frequentemente mal compreendida.
Especialistas, como o renomado psiquiatra Dr. Paulo Mattos, destacam que, para ser considerado realmente um transtorno, o TDAH deve interferir significativamente na vida do indivíduo. Em outras palavras, se uma pessoa apresenta sintomas de desatenção ou hiperatividade mas ainda consegue manter suas atividades diárias e relações pessoais sem grandes dificuldades, pode não se tratar de TDAH.
É crucial entender que o diagnóstico de TDAH exige uma análise criteriosa feita por profissionais de saúde qualificados. Eles consideram uma série de fatores, desde sintomas e intensidade até o contexto ambiental do paciente. Dr. Mattos enfatiza que não é possível realizar um diagnóstico confiável através de testes online ou avaliações pessoais superficiais.
A compreensão do TDAH também envolve desmistificar a ideia de que é uma questão de falta de disciplina ou preguiça. Sendo uma condição neurobiológica, ela afeta diretamente a capacidade da pessoa de regular seu comportamento, e não é simplesmente superada com força de vontade.
O ponto chave é que o TDAH demanda um tratamento bem estruturado para que o indivíduo possa se desenvolver plenamente. Informar-se e buscar ajuda de profissionais pode ser o primeiro passo para melhorar a qualidade de vida de quem vive com essa condição.
Referências:
– Mattos, P. (2023). Entrevista sobre TDAH.
– American Psychiatric Association. (2023). DSM-5: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
– Organização Mundial da Saúde (OMS). (2023). Relatório sobre saúde mental.
